segunda-feira, julho 16, 2018

POLÍTICA: Governador começa a perder o controle do PSB

REPRODUÇÃO

FOGO CRUZADO

Carreras insubordinou-se contra o PSB ao anunciar antecipadamente que não vota em Lula


Por: Inaldo Sampaio

Não é irrelevante uma declaração prestada na última sexta-feira pelo deputado federal Felipe Carreras de que respeita “decisões partidárias”, mas não votará em Lula ou em qualquer outro candidato do PT para presidente da República “de jeito nenhum”. 

A declaração é em si contraditória porque a decisão do PSB de Pernambuco é no sentido de apoiar o ex-presidente, conforme manifestação externada na véspera pelo governador Paulo Câmara. E se torna ainda mais relevante porque Carreras foi secretário estadual de Turismo até abril passado. Isto pode ter sido o primeiro sinal de que o governador começa a perder o controle do PSB pernambucano. Se a insubordinação tivesse partido de um parlamentar da Frente Popular, mas não filiado ao PSB, era perfeitamente compreensível porque muitos fizeram oposição ao PT a vida inteira e certamente não se sentirão à vontade participando da campanha lulista. É o caso, por exemplo, do deputado André de Paula, que construiu sua carreira política no extinto PFL como liderado político do ex-senador Marco Maciel. Exigir dele engajamento na campanha de Lula seria quase uma violência, sabendo-se que tem um passado antipetista. É claro que o deputado Carreras tem todo o direito de votar em quem quiser. Mas para ser coerente com o que escreveu não deveria ter dito que “respeita decisões partidárias”. Se já anunciou antecipadamente que não votará em Lula, que será o candidato do PSB estadual, óbvio que estará afrontando o seu próprio partido, que faz um enorme para ter o PT como aliado.

Para impedir aliança com o PDT

Glesi Hoffmann já tem certeza de que o PSB não fará coligação formal com o PT para apoiar Lula ou quem o partido indicar para presidente. Seu esforço, a partir de agora, é tentar impedir que o PSB caia nos braços de Ciro Gomes (PDT), pois se isso ocorrer iriam também o PCdoB e possivelmente o PV. É isso o que a senadora deu a entender em sua passagem pela Bahia.

Palanque duplo > Não será bom para Marília Arraes (PT) o apoio de Paulo Câmara (PSB) a Lula, pois vai deixá-la sem a “exclusividade” do candidato petista em Pernambuco. Aliás, o PSB já prepara uma campanha para o interior dizendo que “Paulo é Lula” e “Lula é Paulo”.



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